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LOCKE de Steven Knight com: Tom Hardy e as vozes de Ruth Wilson, Olivia Colman e Andrew Scott |
Durante os próximos dias irei escrever pequenas críticas (um ou dois parágrafos) sobre os melhores filmes que perdi este ano aquando da sua data de estreia. O primeiro é Locke.
Locke poderia ser uma peça de teatro: passa-se num único espaço (um carro), tem como condutor da sua narrativa uma única personagem (Ivan Locke, brilhantemente interpretado por Tom Hardy) e a história desenrola-se em tempo real. Esta simplicidade quase teatral faz desta obra de Steven Knight uma magnífico filme. Dentro do veículo de Locke, o espectador depara-se com mil e uma emoções e pequenos (e consecutivos) episódios extremamente dramáticos, que vão ganhando contornos cada vez mais trágicos e impensáveis à medida que a viagem do protagonista decorre. E o motivo dessa mesma viagem só o vamos percebendo lentamente, tal como todas as outras personagens que vão falando ao telemóvel com Locke, desde o seu patrão até à sua própria família. Se há drama mais brilhantemente executado e escrito em 2014, só pode ser Locke, que consegue captar toda uma panóplia de comportamentos humanos e transformá-la numa história arrojada, surpreendente e por vezes cheia de tensão.
9/10
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